Sobre não saber o que fazer da vida da gente.

09:00

E eu sou um pouco mais estranha do que ser estranha permite.  — Tati Bernardi. 
Oi.
Pois bem, tenho 22 anos, fui de aspirante a professora, a médica, arquiteta, designer, professora de fato, psicóloga, futura administradora, e uma eterna estudante...

Sobre "Às vezes me questiono: Será que todo mundo se sente assim, meio perdido? Será que alguém sabe o que realmente quer da vida?" Sim, posso falar por mim, me sinto perdida desde os meus 5 anos de idade, que foi quando comecei a me perceber... E eu até hoje não faço a menor ideia do que estou fazendo da minha vida.

Mas quer saber? Teve uma época que eu sabia exatamente tudo o que queria, e o que não queria... Foi a época mais pesada da minha vida, a mais triste também. Não tinha lugar para mim na minha própria vida, eu a criei e eu mesma me expulsei. Porque a gente idealiza muito, sonha muito, e no final sai tudo ao contrário, sai bagunçado, sai algo muito melhor.

Pense consigo mesmo, o que você preferiria, algo que é sempre estruturadinho, planejado, sem espaço para criatividades ou loucuras... Ou algo que você desconhece, curioso, instantâneo, participativo (onde a vida te olha e você responde na hora, como dá), com espaço para o inusitado (que pode sim te fazer sofrer, mas também traz raridade, preciosidades...)?

Eu sentia inveja de quem não mudava de opinião e sempre queria a mesma coisa, mas comecei a ler muito e enlouqueci, meu pensamento passou a ser: Que triste, parece que eles não tem opções para mudar... Eu tenho, vejo que tenho, então vou abusar disso tudo o quanto eu quiser, o quanto eu puder. 

Não ligo mais se vai ficar bagunçado, se em cada segundo eu conseguir me sentir realizada mesmo sem saber o porquê. Acho que me encontrei na bagunça!

Oh, mãe, me desculpa, mas não vai sair como o previsto não. Mas não se preocupe, vai ser ainda melhor, eu prometo...
 

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