Não sei ao certo, embora saiba...

22:08


A gente amadurece a cada partida. Mesmo que seja a nossa...  Sarah Santos


[23/03/18]

É difícil fazer as malas e ir embora, mas talvez eu vá!

Não é que eu não me importe, ou goste... Jamais esquecerei o som da sua risada, ou como seu nariz franze ao sorrir.

Será que você poderia me mostrar esse sorriso quando eu for? Não gosto de te ver chorar, não é muito bonito, mas nem é por isso, é só que meu coração aperta, sabe como é...

Eu ainda quero te ver sorrir, até mesmo no final, e se isso vier acompanhado de um abraço, melhor ainda.

Eu sempre amei os teus sorrisos, é o mais lindo que eu já vi, e não é exagero nenhum de minha parte. Que culpa tenho eu, se você foi feito sob medida? Uma totalmente desconhecida e exclusiva.

A culpa sempre foi sua, eu me lembro bem. Desde o primeiro encontro, até o sexo desastroso e risonho. Tudo pareceu fazer um puta sentido quando me chamou para ficar com você, mesmo sem ter um carro. Sempre gostei da sua bicicleta. Sorte a minha, não?

A cada volta dada nela, eu me sentia mais saudável, mais viva e muito mais feliz. Estranho, não? É só um objeto sob rodas e uma buzina engraçadinha. Então eu acho que o meu motivo é você.

Mas mesmo assim, não me julgue quando eu partir. Vou levar ela comigo. Só para uma emergência! Eu sentir falta, ou coisa do tipo. Não leve para o pessoal! Afinal, é só uma bicicleta, você arranja outra!

Prometo dar muitas voltas nela, mesmo sem necessidade, tal como a gente. A nossa marca: não precisávamos um do outro, mas acabamos ficando.

Uma noite virou um dia, que se tornou um punhado, se estendeu por estações, e quando foram ver, já tinha roupas minhas no seu guarda roupa. Aquelas, que um dia irei retirar pessoalmente — e espero não chorar no processo — antes de ir, sem você, algum dia aí. Não sei ao certo, embora saiba...

Mas por enquanto, vou ficando por aqui e você também, meu amor.


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